Aprenda-me ser prenda minha
Minha menina
na minha e sua
Suave
Fim de tarde, pôr-do-sol, meia lua
É o sinal
Se faz mal o bem maior
O amor cura
Por fim perdura
Não peso no prazer presa minha
me ergo tua tatuagem nua...
João Simas
música nova
5.11.08
27.10.08
Coruj(o)ão
A noite parece longa
A TV não me adormece
De um lado o olhar torpe
A porta aperta uma ponta de luz
É a rua querendo entrar
Um louco grita
Descongela o silêncio
e é só a ponta do iceberg
A madrugada é madrasta
dos que esperam pelo sol
Na falta de uma palta
a garganta pra te escrever
A noite parece longe
Divisor de mágoas
A TV não me adormece
De um lado o olhar torpe
A porta aperta uma ponta de luz
É a rua querendo entrar
Um louco grita
Descongela o silêncio
e é só a ponta do iceberg
A madrugada é madrasta
dos que esperam pelo sol
Na falta de uma palta
a garganta pra te escrever
A noite parece longe
Divisor de mágoas
me deixou rouco
é algo em mim que não cala
parece muda
pra entender o silêncio dos loucos...
parece fuga
parece muda
pra entender o silêncio dos loucos...
parece fuga
pra entender o silêncio dos loucos...
me deixou rugas
quase entendi o silêncio dos loucos...
João Simas
Com Deus eu me deito
Com Deus me levanto
Quando faz dia amanheço
Se é tarde entardeço
E é de noite que se rezam os santos
nos pratos de espelho altar
Alto lá!
A hora do bem
A hora do mal
A hora dos limpos e dos ímpios
A hora é um pedaço do tempo pendurado nos ponteiros
Com Deus eu me levanto
Com Deus eu me deito
Se não acordo vivo
é que estou ao sabor
do que outrora ardia no peito
que assim seja o amém de todos os cantos
com Deus eu me deito
Sem Deus eu me espanto...
João Simas
Com Deus me levanto
Quando faz dia amanheço
Se é tarde entardeço
E é de noite que se rezam os santos
nos pratos de espelho altar
Alto lá!
A hora do bem
A hora do mal
A hora dos limpos e dos ímpios
A hora é um pedaço do tempo pendurado nos ponteiros
Com Deus eu me levanto
Com Deus eu me deito
Se não acordo vivo
é que estou ao sabor
do que outrora ardia no peito
que assim seja o amém de todos os cantos
com Deus eu me deito
Sem Deus eu me espanto...
João Simas
23.10.08
Perdeu a graça!
O palhaço se espalha em espantalho do sorriso de palha
O olhar ermo
Um terno que esfarrapa
O palhaço se espalha em espantalho do sorriso de palha
O olhar ermo
Um terno que esfarrapa
Um termo que alarma
A lama, a lâmina, o olho que ama
A fome que teima por fama de picadeiro
A piada perdida
A pose crucifixa
Os pombos
Os corvos
A plantação
Mas lá no fundo
Crispando a terra
Uma semente guardando o aplauso da multidão
E o palhaço espantalho agora enraiza a pulsação do seu coração de palha
Folha murcha
Fim da última estação...
João Simas
A fome que teima por fama de picadeiro
A piada perdida
A pose crucifixa
Os pombos
Os corvos
A plantação
Mas lá no fundo
Crispando a terra
Uma semente guardando o aplauso da multidão
E o palhaço espantalho agora enraiza a pulsação do seu coração de palha
Folha murcha
Fim da última estação...
João Simas
8.10.08
o que é o nome senão nada
se cunhado pelo grafite
basta a borracha e jaz, se apaga
se tingido pela esferográfica é só borrar
e se resta o papel pouco sobra, se rasga
se é palavra dita a garganta seca
e a palavra muta
se é memória esquece
enfim, o que o homem leva além do nome é o que ele ama
amando ele se deixa nas folhas brancas de um dia de sol
se cunhado pelo grafite
basta a borracha e jaz, se apaga
se tingido pela esferográfica é só borrar
e se resta o papel pouco sobra, se rasga
se é palavra dita a garganta seca
e a palavra muta
se é memória esquece
enfim, o que o homem leva além do nome é o que ele ama
amando ele se deixa nas folhas brancas de um dia de sol
28.4.08
Um quilo de saudade
Com quantos quilos de sal dá de salgar uma saudade
com quantos quilos de saudade?(2X)
a saudade que sinto de ti já me deixa insosso
e nem a lágrima que escorre no rosto
dá de salgar a vontade de dá sal pro teu gozo
Com quantos quilos de sal dá de salgar uma saudade
com quantos quilos de saudade? (2X)
João Simas
mais uma letra de música
com quantos quilos de saudade?(2X)
a saudade que sinto de ti já me deixa insosso
e nem a lágrima que escorre no rosto
dá de salgar a vontade de dá sal pro teu gozo
Com quantos quilos de sal dá de salgar uma saudade
com quantos quilos de saudade? (2X)
João Simas
mais uma letra de música
23.4.08
Adeus a tudo o que vai
E ao que ainda não foi que vá em paz
Adeus, um outro que cai
E outros tantos se levantam pra cair no "aliás"
Adeus, nasce o filho e morre o pai
Adeus, fica no filho o que é do pai
Quando a folha sêca deixa o galho
é hora de ser agasalho pro chão
e voltar pra terra que arrebenta o rebento
pra trazer novas folhas igualzinhas as da última estação...
João Simas
mais uma letra de música
E ao que ainda não foi que vá em paz
Adeus, um outro que cai
E outros tantos se levantam pra cair no "aliás"
Adeus, nasce o filho e morre o pai
Adeus, fica no filho o que é do pai
Quando a folha sêca deixa o galho
é hora de ser agasalho pro chão
e voltar pra terra que arrebenta o rebento
pra trazer novas folhas igualzinhas as da última estação...
João Simas
mais uma letra de música
19.3.08
Para Isabell
Do quarto do poeta só restam os versos
das paredes amareladas do tempo sem chão e sem teto
se seguram apenas pelas mãos alheias
um outro verão discreto
Amor, verbo sem verbete
talvez fato
talvez foto
talvez feto
e prenhe do sonho de quem ama
além da cama
do coma
e no amém da trama
e ainda assim teimoso por natureza
tua sombrinha cor-de-laranja guarda o tempo e o temporal de minha partida
parte da ida ainda volta
nem se solta um pedaço meu e teu que agora é inteiro em nós...
João Simas
Do quarto do poeta só restam os versos
das paredes amareladas do tempo sem chão e sem teto
se seguram apenas pelas mãos alheias
um outro verão discreto
Amor, verbo sem verbete
talvez fato
talvez foto
talvez feto
e prenhe do sonho de quem ama
além da cama
do coma
e no amém da trama
e ainda assim teimoso por natureza
tua sombrinha cor-de-laranja guarda o tempo e o temporal de minha partida
parte da ida ainda volta
nem se solta um pedaço meu e teu que agora é inteiro em nós...
João Simas
Tempo bom é aquele que não cabe num relógio
e nem faz pose pra foto
quando se tem o tempo não se tem a paz
Se é tempo de nascer
a semente nega o chão
se é tempo de espera
a fila dobra o quarteirão
tem tempo de poder ter tempo
tempo que a noite leva pra costurar o dia com um fio de sol nascente
tempo de ida
um pé na vida
tempo de amar
ao mar deitar o coração ao pescador do tempo
tempo de ponte
e de morte
tempo de temperar o tempo com a calma
E caminhar...
João Simas
e nem faz pose pra foto
quando se tem o tempo não se tem a paz
Se é tempo de nascer
a semente nega o chão
se é tempo de espera
a fila dobra o quarteirão
tem tempo de poder ter tempo
tempo que a noite leva pra costurar o dia com um fio de sol nascente
tempo de ida
um pé na vida
tempo de amar
ao mar deitar o coração ao pescador do tempo
tempo de ponte
e de morte
tempo de temperar o tempo com a calma
E caminhar...
João Simas
9.3.08
A arte é muito diferente do artista, e pode até ser o caso de nela conter alguma coisa dele, mas é muito maior que o mesmo, a tal ponto de não se conter dentro do genitor sentindo a necessidade incondicional de saltar pelas pontas dos dedos e da língua, pela centelha acesa nos olhos, pelo papel escorrendo pelos fios tristes do pincel úmido. Sempre se buscando nos pequenos porque já ela própria infinita e faminta dos mortais que nela habitam.
A vida com fusa e semifusa
Um compasso ternário
Um resto de gente
Um pedaço de riso
Outra metade boca fechada
Semicírculo
Pai, filho e espírito sacro
Um pé de andança
Já são dois na estrada
A cabeça é o limite das idéias
Que escorrem pelos fios de cabelo
E se perdem em meio a tesoura cega do desejo cego
Não me nego
Mas me tenho involuntariamente
Se me tenho me deixo
à beira do último trono dos dias,
Um pedaço de chão
Um compasso ternário
Um resto de gente
Um pedaço de riso
Outra metade boca fechada
Semicírculo
Pai, filho e espírito sacro
Um pé de andança
Já são dois na estrada
A cabeça é o limite das idéias
Que escorrem pelos fios de cabelo
E se perdem em meio a tesoura cega do desejo cego
Não me nego
Mas me tenho involuntariamente
Se me tenho me deixo
à beira do último trono dos dias,
Um pedaço de chão
Sou um cão fugindo do próprio dono
Não tenho sono
Mas carrego um nome que me mantém acordado
Um rosto que se vai no espelho
O velho de sempre
O choro seco
A voz torpe
O tropeço da língua
E o dia me mostra o lampejo
No fim das coisas o sim das outras
A ribanceira da calma e o abismo de água salgada
Só o tempo me prepara um beijo na face esquerda da alma
Não tenho sono
Mas carrego um nome que me mantém acordado
Um rosto que se vai no espelho
O velho de sempre
O choro seco
A voz torpe
O tropeço da língua
E o dia me mostra o lampejo
No fim das coisas o sim das outras
A ribanceira da calma e o abismo de água salgada
Só o tempo me prepara um beijo na face esquerda da alma
Gozo, mistura de areias
Inútil triunfo do pó sobre o pó
Querer mais que a vida
A ida
A volta
A fricção
Viagem de mãos atadas virgens
Tormento do despir
Cuspir o tédio dos dias
Felicidade dos tolos
Amor de bicho
E de bicha
De toda porta que se abre entre pernas
De todo leite derramado nas mãos que gemem
Ser címbalo e símbolo
Ter o gonzo, bonsai e sempre ser no gozo
Inútil triunfo do pó sobre o pó
Querer mais que a vida
A ida
A volta
A fricção
Viagem de mãos atadas virgens
Tormento do despir
Cuspir o tédio dos dias
Felicidade dos tolos
Amor de bicho
E de bicha
De toda porta que se abre entre pernas
De todo leite derramado nas mãos que gemem
Ser címbalo e símbolo
Ter o gonzo, bonsai e sempre ser no gozo
Andança de Criança
Por onde anda a criança que eu deixei atrás da porta dos meus olhos
Antes de ir embora no tempo rei
Só sei que não voltei
Me deixei crescer e não me coube mais aquele pequeno
Que um dia me achei só com a barba me roçando
A voz me deixando rouco
E a vez me deixando aos poucos...
Antes de ir embora no tempo rei
Só sei que não voltei
Me deixei crescer e não me coube mais aquele pequeno
Que um dia me achei só com a barba me roçando
A voz me deixando rouco
E a vez me deixando aos poucos...
ROSA DOS TEMPOS
Estranho é ver a semente se carregando na árvore que ainda vem
Estranho é ver o homem se escondendo santo nos pecados do amém
Tudo que nasce, tudo que desce, tudo que sobe e tudo que cresce
Vou plantar um pedaço de céu
E ver se nascem estrelas no chão
O vento vem trazendo as flores
A rosa dos ventos da a direção
O tempo vai apagando as dores
E as dores do tempo vão na contramão...
João Simas e Durval Jr
mais uma letra de música
Estranho é ver o homem se escondendo santo nos pecados do amém
Tudo que nasce, tudo que desce, tudo que sobe e tudo que cresce
Vou plantar um pedaço de céu
E ver se nascem estrelas no chão
O vento vem trazendo as flores
A rosa dos ventos da a direção
O tempo vai apagando as dores
E as dores do tempo vão na contramão...
João Simas e Durval Jr
mais uma letra de música
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