9.3.08

Sou um cão fugindo do próprio dono
Não tenho sono
Mas carrego um nome que me mantém acordado
Um rosto que se vai no espelho
O velho de sempre
O choro seco
A voz torpe
O tropeço da língua
E o dia me mostra o lampejo
No fim das coisas o sim das outras
A ribanceira da calma e o abismo de água salgada
Só o tempo me prepara um beijo na face esquerda da alma

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