3.7.09

Tanto medo
tanto modo
tanto resto que se vê no rosto dessa menina
tento o resto
risco o fogo
tonto desejo
primeiro lampejo
lamparina minha
a cena que dança
assina e acena
a sina do sono
ensina essa menina
sanha que assanha a senha
que queima a lenha
que tece a linha do horizonte dessa menina
toda menina me ninou
mania minha maninha
a correnteza levou
lavou em mim a menina

Música: João Simas/Fernando Japona  
Letra: João Simas

A hora do silêncio

A hora do silêncio
o lenço da memória
onde mora o segundo
que lhe resta de demora
desatina
outrora o silêncio tão bem ensina
eu preciso aprender
a prender o bom senso dessa menina
onde começa e termina
o momento da palavra na ponta da língua?
no beijo roubado
murmúrios pelos cantos
das duas línguas que se secam aos olhos dos santos
tantos tentam tontos de som
o vazio
incenso insosso
terra em transe
atraso do estouro
silêncio só dói 
quando grita mais que o do outro...

                                    João Simas

Letra de mais uma cantiga 

15.6.09

e estas ruas que têm mais nomes
que a meia dúzia de cem nomes
que ali,
num canto,
comem um resto de homem humilde avos...
E se eu não posso rimar
Me ri o mar
que é todo prosa e rima
e que ainda me rema...

(vendo o mar de copacabana)

22.5.09

Nåo sinto pena
Ainda nåo sei voar
Nem compaixåo
eu prefiro com amor
E mesmo que a palavra risque
Rasgue!
uísque barato
Entorne tudo ao chão
um pedaço de gente já me faz multidåo...

2.2.09

vi a gente, 
vi a tua voz mudar de cor, 
era outro tom
tinha mais sabor, 
seria séria a lingua 
que balbuciou um antigo carnaval
seria breve e à mingua 
como os versos de um refrão,
seria quente e eterno 
como a noite de um verão
e os que ainda não viram 
verão e virão a ver 
o dia depois do verão, 
o que sobrar do chão 
e o que não cair do céu
até onde a vista couber de ilusão
o resto será tudo desvãos...

João Simas/Nathalia Ferro 
papo de MSN às 2h da manhã só podia resultar nisso, hehehe